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RUA ATILIO ANDREGUETO (RUA 6), Nº 11

JD. SOBRAL – TAQUARITINGA - SP

quarta-feira, 12 de julho de 2017

A CULTURA DO TERROR NO TERREIRO

                                  
  Quem nunca ouviu por aí discursos inflamados de “pais de santos” e “sacerdotes” dizendo que se o filho sair de casa, tudo na sua vida irá desmoronar? E quando os mesmos supostos dirigentes dizem que as entidades vão abandonar o médium ou que estarão aprisionadas no terreiro? E aqueles dirigentes que colocam nas costas dos médiuns todas as culpas e desculpas sobre as coisas erradas que ocorrem na casa?
Essa cultura ao terror, um terrorismo de fato, feito no terreiro é algo recorrente desde épocas imemoriais. Não quero me ater às questões básicas da cultura e de como isso foi enraizado no meio espiritualista, principalmente os de influência afro-brasileira, mas há um “quê” cultural nisso tudo.
Os terreiros em geral seguem um padrão muito próximo do monárquico, Talvez, venha daí grande parte dessa cultura, mas não é só isso.
Eu analiso as coisas de uma forma diferente, analiso que é uma transferência de responsabilidades. Justamente por essa pirâmide de poderes monárquica, o dirigente deve saber que ELE é o grande responsável por tudo o que ocorre dentro do terreiro. Os médiuns, em sua maioria, também são espíritos em sofrimento, presos na matéria, procurando a sua evolução. Não que o dirigente também não o seja, mas se ele recebeu a MISSÃO de dirigente do ASTRAL, deve ser porque o plano espiritual sabia que ele poderia carregar essa cruz.
Então, deixemos de nos cegar com a luz dos outros e passemos a olhar para nossas trevas interiores. Procurando nos melhorar. Dirigente, tenha consciência de que se sua corrente está fraca, a responsabilidade é sua. Se os médiuns estão animizando, a responsabilidade é sua. Se a casa está obsedada, a responsabilidade é sua.
Temos visto muitas casas caírem completamente, fecharem as portas e alguns dirigentes até mesmo mudarem de religião. O que ocorre é o seguinte, muitas pessoas se autointitulam sacerdotes de umbanda após fazer um curso Express de sacerdócio, com carga horária de 72 horas e se julgam aptos a segurar a onda. Porém, nem sequer possuíam a missão de sacerdócio e nem sequer se prepararam corretamente. Sacerdócio é um chamado, não é festa.
 Não é questão de criar uma CASTA de pessoas escolhidas, mas sim a questão de serem pessoas preparadas tanto materialmente, quanto espiritualmente, para serem pilares de uma casa. Pois como podemos encontrar em Lucas 12:48 “De todo aquele a quem muito é dado, muito será requerido; e daquele a quem muito é confiado, mais ainda lhe será exigido.”
 Finalizando esse artigo deixo claro que ninguém, nem o mais poderoso sacerdote, podem PRENDER suas entidades ou INVALIDAR sua liberdade de escolha, pois quem manda mais é DEUS e ele lhe concedeu essa liberdade. Não se deixe contaminar pela cultura do terror, porém também não seja um omisso com suas responsabilidades espirituais. Para tudo deve haver equilíbrio, principalmente àqueles chamados a servirem no exército de Jesus, o Oxalá encarnado.                                                                                          

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